ALMEIDA,
M. Gestão de tecnologias na escola. Série “Tecnologia e Educação: Novos tempos,
outros rumos” - Programa Salto para o Futuro, Setembro, 2002.
RESUMO
Trata-se de texto sobre a
tecnologia na gestão escolar, onde o autor enfatiza o uso do ambiente virtual
para a eficácia dos procedimentos educacionais, quando o autor diz que “informatizar
as atividades administrativas, visando agilizar o controle e a gestão técnica,
principalmente no que se refere à oferta e à demanda de vagas e à vida escolar
do aluno.” (p.1) Foi enfático em tornar eficaz a utilização da tecnologia na
matemática, nas áreas exatas, no entanto a escola não se resume apenas a
números.
Devido a evolução
tecnológica da juventude consumista, a escola passou a usar a informática como
ferramenta, conforme o autor: “o uso das tecnologias de informação e
comunicação - TIC na escola, principalmente com o acesso à Internet (2),
contribui para expandir o acesso à informação atualizada e, principalmente, para
promover a criação de comunidades colaborativas que privilegiam a comunicação;
permitem estabelecer novas relações com o saber que ultrapassam os limites dos
materiais instrucionais tradicionais e rompem com os muros da escola,
articulando-os com outros espaços produtores do conhecimento, o que poderá
resultar em mudanças substanciais em seu interior. “
DESENVOLVIMENTO
O autor se faz perguntas a
procura de respostas convincentes sobre o uso das tecnologias nas escolas “Como,
porém, transformar a escola de hoje em um espaço articulador e produtor de
conhecimento, aberto à comunidade e integrado ao mundo? Há que se empregar nas
ações de hoje todos os recursos disponíveis, inclusive as TIC, tendo em vista a
criação de comunidades colaborativas, que propiciem a criação de suas próprias
redes de conhecimentos, cuja trama ajuda a construir uma sociedade solidária e
mais humanitária. O fator primordial para a criação de comunidades e culturas
colaborativas de aprendizagem, intercâmbio e colaboração é a qualidade da
interação, quer presencial ou a distância, cuja criação poderá viabilizar-se a
partir da formação continuada e em serviço do educador.” (p.2)
Verifica-se uma preocupação
das autoridades em assimilar o que a juventude já tinha incorporado, para
tornar as escolas mais atrativas que o mundo virtual dos estudantes. “Assim, as
TIC podem ser incorporadas na escola como suporte para: a comunicação entre os
educadores da escola, pais, especialistas, membros da comunidade e de outras
organizações; a criação de um fluxo de informações e troca de experiências, que
dê subsídios para a tomada de decisões; a realização de atividades
colaborativas, cujas produções permitam enfrentar os problemas da realidade; o
desenvolvimento de projetos inovadores relacionados com a gestão administrativa
e pedagógica; a representação do conhecimento em construção pelos alunos e
respectiva aprendizagem. Visando preparar professores para a inserção das TIC
na prática pedagógica, a Secretaria de Educação a Distância –SEED do Ministério
da Educação, por meio do Programa Nacional de Informática na Educação -
(ProInfo), desenvolve um amplo programa de formação baseado em concepções
sócio--construtivistas de ensino, aprendizagem e conhecimento, que englobam
cursos, presenciais e a distância, de especialização lato sensu e formação
continuada para preparar professores-multiplicadores, que assumem a formação de
professores das escolas. Desta forma, a
incorporação das TIC na escola e na prática pedagógica não mais se limita à
formação dos professores, mas se volta também para a preparação de dirigentes
escolares e seus colaboradores, propiciando-lhes o domínio das TIC para que
possam auxiliar na gestão escolar e, simultaneamente, provocar a tomada de
consciência sobre as contribuições dessa tecnologia ao processo de ensino e aprendizagem.
Os participantes desse ambiente são incitados a ler e a interpretar o
pensamento do outro, expressar idéias próprias através da escrita, conviver com
a diversidade e a singularidade, trocar experiências, realizar simulações,
testar hipóteses, resolver problemas e criar novas situações, engajando-se na
construção coletiva de uma ecologia da informação (4), na qual o foco não é a
tecnologia, mas a atividade humana em realização. ”(p.3-6).
Observa-se o envolvimento dos
primeiros gestores em mobilizar os demais para a eficácia do uso das TIC nas
escolas públicas. “Em seguida, os participantes tiveram um encontro presencial
com os formadores da PUC/SP, especialistas na ação e investigação sobre o papel
dos gestores, cujo eixo dos trabalhos foi a realidade da escola pública e o
papel do gestor como líder da inserção das TIC na escola, ressaltando as
contribuições dessas tecnologias à gestão administrativa e pedagógica da
escola. O ambiente virtual para suporte das atividades a distância começou a
ser utilizado durante esse encontro.(p.7-8).” Finalmente, os
gestores elaboram propostas para a continuidade das ações nas escolas voltadas
para a construção do projeto de gestão de TIC e levantam sugestões para a
continuidade das interações nos grupos de gestores a partir da criação de
comunidades colaborativas de aprendizagem. Anuncia-se um novo tempo, cabendo a
cada educador, seja gestor ou professor, participar de processos de formação
continuada e em serviços que criam a oportunidade de formação de redes
colaborativas de aprendizagem apoiadas em ambientes virtuais para encontrar, no
coletivo da escola, o caminho evolutivo mais condizente e promissor de acordo
com a identidade da escola e com o contexto em que se encontra inserida.”
(9-10).
CONCLUSÃO
Em suma, a Universidade de
São Paulo deu o primeiro passo para a valorização da educação virtual e passou
a divulgar e capacitar gestores e professores no intuito de que chegasse às
escolas públicas esta eficaz ferramenta de evolução tecnológica.
Por conta disto, os benefícios
do ambiente virtual é extensivo a todos os estudantes e trabalhadores que se
empenham em buscar atualizações constantes, com a intenção de tornar suas
atividades trabalhistas mais dinâmicas,
mesmo que seus métodos sejam duramente criticados pelos que permanecem se
achando donos dos saberes e inabaláveis em seus frágeis conhecimentos.
BIBLIOGRAFIA
1.
Professora do Programa de Pós-graduação em Educação: Currículo e do
Departamento de Ciência da Computação, da Pontifícia Universidade Católica de
São Paulo.
2.
A palavra Internet resulta da redução de Internet Work System (sistema de
interconexão de redes de comunicação), sendo formada pela interligação de um
conjunto de redes de comunicação sob responsabilidade de distintas
organizações, as quais disponibilizam o acesso à informação e a socialização de
recursos. Para ter acesso à Internet, é preciso um computador com modem ligado
a um provedor por meio de uma linha telefônica (ou cabo coaxial ou rádio transmissor
de alta freqüência). A troca de informações entre os computadores situados em
diferentes lugares é realizada pela interligação entre os provedores.
3.
3. A World Wide Web, WWW ou Web, também chamada "teia de alcance
mundial", é um sistema de interconexão entre redes de computadores e
comunicação a distância com softwares apropriados para acesso a informações por
meio de navegação na Internet.
4.
Nardi, B. A. & O'Day V. L. Information Ecologies. 2ª ed. Cambridge. MIT
Press, 1999.
Este
texto faz parte da Biblioteca do curso Gestão Escolar e Tecnologias e foi
extraído do site http://www.tvebrasil.com.br/salto - Boletim 2002 (acesso em
07/08/2004).
ALMEIDA,
M. Gestão de tecnologias na escola. Série “Tecnologia e Educação: Novos tempos,
outros rumos” - Programa Salto para o Futuro, Setembro, 2002.
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